Alimentação Contribui para o Câncer de Mama? Nutricionista Mariana Cunha Explica o Papel da Dieta na Prevenção e no Risco de Tumores

Você já parou para pensar que a alimentação pode contribuir para o desenvolvimento de até 50% dos casos de câncer de mama? Essa informação foi destacada pela nutricionista Mariana Cunha em entrevista a A GAZETA. Segundo a especialista, a dieta pode funcionar como um fator protetor ou, por outro lado, como um agente promotor da doença.

Mariana Cunha explica que, para reduzir o risco de câncer de mama, é ideal seguir uma base alimentar mais natural, semelhante à dieta de nossos avós, rica em verduras, frutas, legumes, raízes, feijão e arroz. Ela destaca ainda a importância dos chamados alimentos funcionais, que trazem benefícios além da nutrição básica e contêm compostos bioativos capazes de influenciar genes envolvidos no aparecimento do câncer. “Inclua alimentos como chá verde, sementes de linhaça e gergelim, e peixes ricos em ômega-3, como sardinhas, salmão e atum. Frutas vermelhas também são poderosas aliadas na prevenção”, recomenda. Mariana também alerta para os riscos dos alimentos ultra processados, como biscoitos, linguiças e temperos prontos, que devem ser evitados.

Além da alimentação, o controle do peso corporal é um fator importante, especialmente após a menopausa, já que o sobrepeso e a obesidade podem aumentar a produção de hormônios como o estrogênio, que está associado ao câncer de mama. “Estudos mostram que 6,5% das mortes por câncer de mama estão ligadas ao consumo de bebidas alcoólicas, sobrepeso e dietas ricas em açúcar”, afirma Cunha.

Para quem está em fase de gestação, a nutricionista destaca a importância de nutrientes como ácido fólico, ferro, cálcio, zinco e magnésio, essenciais para o desenvolvimento saudável do feto e para a saúde da mãe. Esses nutrientes atuam no crescimento celular, na formação de ossos, dentes e sistema imunológico do bebê, além de contribuir para a saúde geral da gestante.

Além da alimentação, Mariana reforça a importância de manter uma rotina de exercícios físicos pelo menos quatro vezes por semana, combinando atividades aeróbicas com musculação. “Estudos indicam que o treino de força traz benefícios para a saúde hormonal, emocional e física da mulher”, afirma. Ela sugere que o objetivo seja um estilo de vida saudável e equilibrado, adaptado à realidade de cada pessoa, e não práticas extremas.

Mariana Cunha finaliza com um conselho: “Uma alimentação balanceada, associada a uma rotina ativa, ajuda no controle de peso, reduz o potencial inflamatório do corpo e promove força e vitalidade. É um caminho para viver com mais qualidade e longevidade.”